Quando eu era criança o chantilly estava na moda. Punha-se chantilly em tudo e tudo ficava mais gostoso: Sorvete, pudim de leite, torta de maçã, salada de frutas…
Há quem diga que o creme às vezes migrava da cozinha para o quarto ultrapassando sua função meramente culinária e ainda assim tinha valor, mas isso eu já não tenho certeza pois naqueles tempos de menino eu ainda era ainda era ingênuo para comprovar essa informação.
O fato é que nos anos 70 e 80, tudo melhorava com chantilly.
Pois bem, cheguei a conclusão que os zumbis estão para a cultura pop o que chantilly era para a culinária daquela época.
Tudo fica mais legal com zumbis.
Exemplos:
– Game Of Thrones – O grande sucesso da TV se passa na época dos cavaleiros e dragões, mas precisou dos zumbis para esquentar a trama.
– Michael Jackson – O rei do Pop deve muito aos mortos-vivos do clip Thriller e sua clássica coreografia.
– Jane Austin – O autor americano Seth Grahane-Smith transformou o clássico “Orgulho e Preconceito” em “Orgulho e Preconceito e zumbis”. Eu acabei de ler e atesto que a transformação do romance água com açúcar numa aventura com comedores de cérebros ficou ótima. Entre um baile e outro, Lizzie Bennet usa sua espada Katana para decapitar as criaturas. O sucesso do livro foi tão grande que a versão cinematográfica estreia em 2016.
Fico pensando que poderíamos colocar zumbis em outras situações:
Novelas – Uma versão de “Vale Tudo” em que Odete Roitman volta do mundo dos mortos para comer o cérebro da Lídia Brondi.
Música – Bandas de zumbis com grandes ídolos mortos como Janis Joplin, John Lennon ou Amy Winehouse. Eles retornariam, comeriam os cérebros de alguns lixos da cultura pop atual e se reuniriam para fantásticas e fantasmagóricas Jam sessions.
Bíblia – A história de Moisés não ia ficar mais legal se os egípcios que perseguiam os judeus em bigas fossem zumbis? Daí o Mar Vermelho os cobriria espalhando seus ossos e restos mortais nas ondas.
Até mesmo Lázaro, que já estava morto mesmo, poderia ressuscitar na forma de zumbi.
As possibilidades são infinitas e aposto que o meu blog acabou de ficar muito mais divertido com com os mortos-vivos voltando de suas tumbas para invadir o texto e devorar meu cérebro cheio de abobrinhas. Aliás já vou passar um pouco de chantilly na cabeça antes que eles cheguem, os zumbis não sabem o que estão perdendo.