Amanda ouviu a expressão por acaso no rádio e não deu muita bola:
Manda nudes
Depois leu alguma coisa na internet, uma matéria que falava de uma atriz que fez fotos nua com seu celular e teve sua imagem exposta indevidamente.
A expressão ficou na cabeça mas não entendia direito.
No almoço com duas colegas mais jovens do trabalho, ela pediu explicações.
_ Que negócio é esse de manda nudes que o povo anda falando?
Amanda tinha 35 anos e uma vida social muito regrada. Morava desde a faculdade em São Paulo e sabia que nunca voltaria a Goiás. Passou boa parte desse período namorando mas agora estava sozinha.
_ Manda nudes, ué? É mandar foto pelada no Snapchat – Claudia respondeu com uma imensa naturalidade.
Talvez isso fosse fácil de compreender para uma garota de 23 anos como a Claudia, mas Amanda ficou ainda mais confusa.
_ Devagar, snapchat? Como assim mandar foto pelada?
As meninas riram da aflição da colega e explicaram. As pessoas, quando se paqueram ou estão saindo, trocam fotos nuas e fazem isso através de um aplicativo chamado Snapchat, em que as mensagem desaparecem sozinhas logo depois de abertas.
_ E vocês fazem isso? – Amanda estava horrorizada.
_ Claro que não. – As duas responderam em uníssono mas o olhar da Claudia era oblíquo, deixando Amanda com dúvidas em relação a veracidade da resposta.
As noites seguintes foram de angústia para Amanda. Ela não se lembrava de ter alguma fantasia sexual até então, mas a ideia de trocar fotos do corpo despido com um estranho a excitou.
Num dia vasculhou a internet até achar sites com imagens vazadas de nudes feitos por pessoas de todo o mundo e contemplou as fotos com fascinação.
Outra noite, despiu-se diante do espelho admirando as imperfeições do seu corpo.
Sempre sozinha, substituiu as novelas pela obsessão em relação a nova moda. Queria encontrar alguém para compartilhar os nudes. Baixou o Tinder, baixou o Snapchat, maquiou-se, colocou uma lingerie e testou várias poses.
Fez algumas fotos, não gostou, descartou. Fez novas fotos, algumas sensuais, outras quase pornográficas e as guardou com medo e esperança.
A noite avançava, ela entrou nos dois aplicativos ao mesmo tempo e desesperadamente procurou por um par. Marcou uma série de homens que lhe agradaram e até alguns que não lhe agradaram tanto. Atrapalhou-se com o funcionamento do Snap. Lembrou-se que não tinha amigas a quem podia pedir dicas. Também não havia homens no mundo real com quem pudesse trocar esse tipo de sacanagem.
Passadas algumas horas, não conseguiu um único contato no Tinder ou no Snapchat.
A madrugada engoliu a noite, ela ainda olhou sem muita esperança para o Whatsapp onde o único movimento vinha do grupo da família que compartilhava rostinhos felizes. Não havia quem pudesse se interessar pelas suas fotos nua. Amanda jogou-se na cama e chorou compulsivamente.
Muito bem escrito, gostei bastante, apesar de sentir muito pelo final deprê de Amanda! haha
Também fiquei triste por ela.
Entrei no ‘Blogs Recomendados do WordPress’ e lá estava o seu, Lucio!
Que bacana que entrei! 🙂
Parabéns pelo espaço. Super clean e ótimos posts. Sempre gosto de conhecer novos colegas de blog assim vou aumentando minha rede e claro, conhecendo sobre diversos assuntos e até mesmo cultura.
Bom, já estou seguindo para não perder as novidades. Sucesso.
Estendo aqui o convite para conhecer o meu blog… Ficarei contente com sua visita! 🙂
HuG!
http://www.andrehotter.com
👻 Snapchat: andrehotter
Obrigado pela visita André. Desculpe a demora na resposta, estava viajando. Parabéns pelo seu blog, achei massa.
Obrigado Lucio…
Vamos trocando figuras, vou estar por aqui também sempre que puder!
HuG!
Olá, por causa do André Hotter – http://www.andrehotter.com, conheci teu blog. Gostei bastante! Vem conhecer o meu, http://www.sigavalemais.com.br. BEIJO
Olha só, a propósito, 👀 http://sigavalemais.com.br/2015/10/23/nudes-pra-voce-mandar-bem/