Tenho visto nas redes sociais (e até em blogs de jornalistas aparentemente sérios) críticas a artistas que usam a lei Rouanet. Em geral essas críticas relacionam o artista contemplado com algum tipo de apoio ilícito ao governo.
Curioso que sou, achei na internet o nome de alguns artistas que tiveram projetos aprovados na Rouanet. Vale lembrar que ter um projeto aprovado não garante dinheiro ao captador, já que é preciso encontrar um empresa que patrocine o projeto (essa será beneficiada com desconto no imposto de renda).
- MC Guimê
- Maria Bethânia
- Luan Santana
- Detonautas
- Claudia Leitte
- Peppa Pig (a peça)
- Cique du Soleil
- Zizi Possi
- Maria Rita
- Erasmo Carlos
- Marisa Monte
- Rolling Stones
- Rita Lee
- Humberto Gessinger
- Yago e Juliano
- The Brazilian Pink Floyd
- Eu (isso mesmo aprovei um projeto na lei mas ainda não consegui captar)
Curiosidade: Um documentário chamado “O Vilão da República” que trata da vida de José Dirceu também foi aprovado e ainda não conseguiu captar.
Curiosidade 2: O Chico Buarque nunca mandou um projeto para lei de incentivo. Ele é contra.
Há outras leis como o Proac (que é do Estado de São Paulo) ou as leis específicas do mercado audiovisual. Mas de modo geral, pode-se dizer que toda a cultura nacional passa por algum tipo de incentivo.
Na verdade escrevi tudo isso porque não me conformo com o Chico Buarque ser acusado de apoiar o governo em troca da aprovação na Rouanet, quando ele é um dos poucos artistas que sempre se recusou a usar o incentivo.
Até entendo gente que desconhece o mecanismo de leis de incentivo o acusando por ignorância. Mas já vi também gente que deveria saber o que estava escrevendo usando de má fé nas críticas ao compositor.
Eu, em geral, gosto de escrever aqui no Toda Unanimidade coisas menos sérias e mais divertidas, mas me cansa ver tanta desinformação sendo compartilhada na rede.
Enfim, se quiserem criticar alguém que usa a lei Rouanet, estou a disposição.
E se quiser conhecer mais sobre o projeto da minha empresa para distribuição gratuita de 12.000 livros infantis também estou a disposição.
MC Guimê? Só com muito oração e jejum mesmo. Misericórida!
Tem gosto pra tudo…
Que legal seu trabalho! Espero que consiga logo. Não sei exatamente como funciona os meandros de tudo, mas o básico que explicou eu já sabia. Tem que mandar o projeto pra empresa certo? Espero mesmo que saia logo.
Agora vou aproveitar pra te dizer que estou publicando o DARDOS que, tão gentilmente, me indicou e dizer que você está entre os indicados. Expliquei lá o que fazer, se quiser, caso já tenha publicado um.
Obrigada mais uma vez e bom fim de semana. 😉
https://morgauseds.wordpress.com/2016/01/22/dardos-2/
kkkkkkkkk Verdade MC Guimê, só com muita oração de jejum. Boaa
Espero que você consiga logo
Eu amo Chico Buarque! Sempre o defendi no facebook, e até perdi alguns amigos por isso. Sempre soube q ele não usa a Lei Rouanet e sempre soube tb que ele teve dinheiro por conta de sua rica obra. Minha revolta fica por conta de muitas baboseiras que essa lei beneficia!
A lei precisa melhorar. Mas não sei como avaliar 3200 projetos sem conhecê-los melhor. Acho que precisa evoluir sim.
A melhor medida a ser tomada é colocar fim nessa caixinha de safadezas. Quem é bom não precisa de favores do dinheiro do povo. O moleque das ruas, iniciante de malabarismos, nunca será lembrado por esses “intelectuais” apadrinhados e safados que deveriam se envergonhar. Vergonha não faz parte do vocabulário dessa gentalha. O fim desse tipo de “intelectual” está com os dias contados. Essa lei não precisa melhorar sr. luciogoldfarb. Ela precisa ser extinta. E rápido. Pra ontem. By, By Rouanet
Caro Wilson, discordo fortemente do seu ponto de vista. A lei Rouanet não é uma caixinha de safadezas. Funciona bem, mas deve sempre evoluir. Os patrocínios já foram investigados por CPI e pela polícia federal e entre milhares de projetos encontraram pouquíssimas irregularidades.
Também é falso que quem é bom não precisa de dinheiro público. As grande filarmônicas de Londres, Berlin, Viena e etc são boas e precisam de dinheiro público. Justamente porque a arte de qualidade não é comercial.
Mesmo o cinema americano usa dinheiro de isenção fiscal. O Brasil dá hoje mais de 300 bilhões por ano de incentivos fiscais, destes, 0,5% ficam na cultura. Onde estão os outros?
Abraços e procure ser menos agressivo.