Sexo aos 40

Estou sem tempo para escrever. Então fica difícil administrar dois blogs. Decidi então parar o “Sexo aos 40”, onde eu usava o personagem Marco Aurélio para tratar das agruras de relacionamentos de quarentões e quarentonas.

Só para que não se percam pra sempre, nas próximas semanas replicarei uns textos que escrevi por lá:

O Alter Ego

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Quando nos separamos somos obrigados a enfrentar um mundo dos solteiros e enfrentar o mundo dos solteiros significa voltar  a paquerar e a ser paquerado.

Para um homem que manteve-se casado por muitos anos há alguns obstáculos para isso.

1 . Não nos sentimos preparados.

2 . A sensação de que fazemos algo moralmente errado.

3. Estamos fora de forma (Se você é casado tente se imaginar abordando uma mulher numa paquera, a gente nem sabe por onde começar).

4 . Há muitas tecnologias novas com as quais não estamos familiarizados (leia-se aplicativos).

Apesar dos obstáculos, estando no mundo dos solteiros, as paqueras e encontros acabam por ocorrer.

Acontece que eu também não tinha amigos solteiros ou separados, então contava as histórias que começava a viver para os amigos casados, nas noites em que eles tinham seus habeas corpus etílicos.

Foi quando percebi o impacto que minhas histórias tinham sobre eles.

Os casados queriam saber de tudo, se seu havia saído com alguém, como era a mulher, o que tinha acontecido. Qualquer relato sem graça parecia uma uma nova versão do 50 Tons de Cinza. Eles pediam especialmente que eu mostrasse as fotos das pretendentes nas redes sociais e qualquer uma, aos seus olhos, era uma musa digna de filme do 007.

Até que um me pediu:

_ Marco Aurélio, você não pode namorar nunca, você é o nosso Alter Ego. Você vive as aventuras que não podemos viver.

De certa forma, esse interesse dos amigos em minha aventuras ajudou a levantar a autoestima que é sempre afetada nas separações.

No final acabei decepcionando meus amigos e voltei a me envolver seriamente em um relacionamento. Afinal, não se pode viver apenas de aplausos.

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