Na era do pós-emprego, o trabalho formal se precariza, muda de natureza e adquire novo sentido associado a causas, ao prazer e ao empreendedorismo social
Há exatos 20 anos, o economista Jeremy Rifkin e o consultor William Brigdes, ambos norte-americanos, lançaram dois livros gêmeos: O Fim dos Empregos e Um mundo sem empregos. O assunto era moda nos Estados Unidos, porque uma crise econômica lambia o mundo. À época, a crítica considerou Rifkin excessivamente pessimista e apocalíptico. Bridges foi chamado de marqueteiro porque oferecia um guia de auto-ajuda para executivos fadados a sobreviver sem crachá. No Brasil de FHC, com o início da estabilidade econômica e o fim da inflação, a conversa era outra. Renato Russo, do Legião Urbana, cantava Música de Trabalho, sucesso do disco A Tempestade, para protestar contra os empregos (abundantes) com salários miseráveis e o trabalho como falsa identidade do indivíduo.
Sem trabalho…
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