Sou judeu, por isso me sinto um tanto constrangido em falar de Natal.
No meu ponto de vista, todo evento religioso (de qualquer crença) é uma forma das pessoas se aproximarem de Deus e uma chance de reflexão. Por outro lado, conheço pouco o novo testamento.
Dentre o pouco que conheço, há uma história que me chama a atenção, a de Jesus e a adúltera.
Um grupo de pessoas leva à presença de Jesus uma mulher flagrada em adultério para que ele a julgue. A lei da época era clara, a mulher deveria ser apedrejada até a morte. Esse era o desejo de seus acusadores. Eles queriam curtir uma tarde amena apedrejando uma mulher que se comportou mal.
Jesus os desapontou com a famosa frase: “Atire a primeira pedra aquele que nunca pecou“.
Acho que a mensagem de Jesus dizia 3 coisas:
1 – Tenhamos compaixão até por quem erra.
2 – Quem somos nós para julgar os outros?
3 – Cuidemos dos nossos próprios erros no lugar de ficar olhando os outros.
Imagino que os apedrejadores ficaram bem decepcionados com a mensagem, porém os mais espertos deles podem ter aprendido uma boa lição.
Você já pensou quantas situações em nossas vidas são parecidas com essa? Quantas vezes julgamos os outros e nos esquecemos de olhar no espelho?
Como nos colocamos diante de alguém que roubou, que mentiu, quem não agiu como deveria? Como nos colocamos diante do gay cujo jeito nos incomoda, da mulher que se veste de forma vulgar? Na hora de julgar, estaríamos no lugar de Jesus ou dos apedrejadores?
Vejam uns exemplos que achei nas redes sociais:
Essas pessoas estariam de que lado? Será que estariam do lado de Jesus?
Como já falei no começo, nada entendo de cristianismo e não tenho a menor autoridade para falar do assunto. Tudo o que dissse aqui é palpite.
Ontem acabou a festa de Chanuka, quando os judeus tentam espalhar luz pelo mundo. Na minha ignorância, quando eu vejo as luzes natalinas penso que no fundo, todos gostam de espalhar a luz.
Então eu desejo a todos amigos cristãos um feliz natal e deixo a pergunta no ar:
No ano que vem, de que lado você quer estar? Da compaixão ou dos apedrejadores?
parabéns pelo post. infelizmente, os ensinamentos de Jesus, foram esquecidos por muitos daqueles que dizem o seguir.
Até eu que não sigo Jesus respeito mais. Rsrss
Eu sou judeu, adepto do cristianismo, mas infelizmente percebo que existem diversas denominações supostamente cristãs que estão alheias aos ensinamentos de Jesus.
E lhe parabenizo pela sua matéria muito bem elaborada! Embora o verdadeiro natal não seja nesta época, mas se deve aproveitar o ensejo para fazer uma reflexão que possa repercutir, não apenas agora, mas em toda a vida dos que se dizem cristãos e adoradores de D’us.
Eu não posso dizer se existem ou não denominações que deixam de seguir ensinamentos. Não entendo do riscado. Obrigado pela visita. A casa está sempre aberta.
Dentre os gentios existe de tudo, mas não posso generalizar.
Lhe agradeço pela atenção!
Shalom!
Estou sempre do lado da compaixão, por isso sou apedrejada na rede social mais famosa por brasileiros, nomeadamente os do grupo bbb (ler notícia do Le Monde), q se utilizam de fakes, se aglomeram para me atacar.
Bom Ano Novo!
Feliz ano novo para você também. Nessas discussões eu procuro ser paciente. Se ficamos agressivos vamos nos parecer com os malucos de redes sociais.
Sim, aprendi isso nos últimos dias. Mudei a estratégia de responder aos ataques.
É um bom exercício p treinar a paciência!
Vamos espalhar a luz!
Texto maravilhoso! A pessoas por mais que queiram espalhar luz estão cegas com o brilho dela e como moscas, morrem e apodrecem ali mesmo antes de fazer algo bom pelo outro. Com toda certeza nos deu uma ótima questão para refletir por dias! Parabéns!
Obrigado pela visita e pelas palavras. Vamos juntos fazer a nossa parte!
Republicou isso em Gustavo Hortae comentado:
Você ficaria?
Oi Gustavo. Acho que temos que nos esforçar diariamente para não julgar os outros. Não é fácil. As vezes nem percebemos e estamos julgando. Mas temos de nos esforçar… Obrigado pela visita!
Eu não entendi como uma proposta de reflexão para avaliar cada um a si mesmo
Concordo com você que nós condenamos com muita facilidade. Na grande maioria das vezes nós não julgamos, apenas com condenamos.
Concordo com você que não deveríamos sequer julgar.
Porém, pessoalmente, não tenho esta nobreza.
Tenho permanentemente julgado e condenado aqueles que levaram nossa nação para o ponto onde estamos. Não sei se você viveu o período da ditadura militar. Eu vivi. E depois vivi também duas décadas chamadas de décadas perdidas.
Foi o período em que dilaceraram a nação em favor dos ricos e poderosos.
Vejo tudo acontecer novamente pelas mãos dos civis que aparentemente aprenderam como se golpeia e rouba a um povo.
Eu os julguei e os condenei como traidores esqueçam. E não saberei perdoa-los.
Eu entendi que a proposta era uma reflexão em auto avaliação
Em tempo, fui criado católico mas hoje processos uma fé que me é muito peculiar e particular. Se poderia se aproximar de alguma religião eu poderia dizer que me aproximo do xintoísmo.
Ainda sim prefiro dizer que não sigo nenhuma das religiões humanas.
Revisando pois há erros da autocorrecao que eu não tinha percebido. Desculpe-me. Segue correção:
“Eu entendi como uma proposta de reflexão para avaliar cada um a si mesmo.
Concordo com você que nós condenamos com muita facilidade. Na grande maioria das vezes nós não julgamos, apenas condenamos.
Concordo com você que não deveríamos sequer julgar.
Porém, pessoalmente, não tenho esta nobreza.
Tenho permanentemente julgado e condenado aqueles que levaram nossa nação para o ponto onde estamos. Não sei se você viveu o período da ditadura militar. Eu vivi. E depois vivi também duas décadas chamadas de décadas perdidas.
Foi o período em que dilaceraram a nação em favor dos ricos e poderosos.
Vejo tudo acontecer novamente pelas mãos dos civis que aparentemente aprenderam como se golpeia e rouba a um povo.
Eu os julguei e os condenei como traidores que são. E não saberei perdoa-los.”
Fiz uma analogia entre a história cristã contada no Novo Testamento com o comportamento de nosso povo nos dias atuais.
Eu vivi a ditadura sim, mas era uma criança. Acho que as coisas não são tão maniqueistas , até os militares achavam que faziam o certo. Achava que o tempo estaria ao nosso favor, mas pelo contrario. Quanto mais o tempo passa mais gente gosta da ditadura…
Reflexão clara. Estamos numa batalha entre o bem e o mal e somos únicos capazes de definir que lado estamos.
Um forte abraço aos do lado compaixão!
O bem sempre vence.
Diego.
Obrigado pela visita e pelas palavras. Feliz natal.
O ódio jamais acabará pelo ódio. O que elimina o ódio é o amor. Parabéns pelo post.
Concordo Pedro, tenho colocado isso nos meus posts. Temos que começar a colocar amor nas nossas decisões. Feliz 2018