Meu último texto, Amar é Perigoso fez bastante sucesso. Muitos views. Vou aproveitar e repetir o título, mas mudo o enfoque.
Comecemos com um parágrafo impactante (e um pouco brega):
Amar só é de verdade, se corremos riscos. Se caminhamos de olhos vendados à beira do abismo. Amar com segurança, na impossibilidade de algo dar errado, não existe. Amar é encarar o risco da perda.
Pensem em Elsa, a querida princesa da Disney com poderes congelantes. No primeiro filme Frozen, enquanto Ana se entregava ao amor sem a menor racionalidade (e pagava um preço alto por isso), Elsa construía um castelo de gelo para se isolar do mundo e evitar o risco de machucar ou ser machucada pelo amor. Ela poderia se afastar de tudo, se livrar do risco da dor e passar o resto da vida cantando a sua ode ao desapego “Let It Go”. Mas acabou optando por encarar o risco de ter de volta o amor da irmã e os abraços quentinhos de Olaf.
Pensem em quem tem um animalzinho de estimação. Eles fazem cocô, trazem custos, trabalho e problemas. Ficam doentes, nos enchem de preocupação e num prazo irritantemente curto se mandam para o céu dos pets deixando apenas fotos que se transformam em homenagens no Instagram. Mesmo assim, as pessoas passam por todos estes infortúnios pela alegria que os bichinhos trazem.
Eu nem precisaria me aprofundar nos relacionamentos amorosos, mas cometerei o pecado da obviedade ao dizer que se não nos apaixonamos, não corremos o risco de sofrer, de ter um coração partido. Atire a primeira pedra quem num ouviu música brega no escuro, abraçado a uma almofada e se entupindo de Napolitano da Kibon. Amar é arriscado e muitas vezes engorda.
Mesmo assim as pessoas continuam amando, ganhando, perdendo, adotando bichinhos e de quando em quando sofrendo. Às vezes sofrendo mais do que o combinado. Acredito que elas estão certas. Talvez o amor seja a única coisa que valha algo neste mundinho sem sentido e vergonha na cara. Sem o amor, não passamos de macacos pelados brigando por política nas redes sociais. Portanto meu caros, não tenham medo de sofrer e de amar.
Só não concordo com um detalhe:
“Sorvete napolitano da Kibom”…
Ah, não, Lúcio! Tem melhores!!! 😛
Na depressão temos que descer no fundo do poço…