Uma das consequências curiosas do governo Bolsonaro é a desmistificação dos generais.
Muitos brasileiros desencantados com os rumos da política viam o exército como a reencarnação de Dom Sebastião. Acreditavam que por vestir uma farda caqui-esverdeado, generais seriam capazes de administrar estatais e ministérios, mesmo sem ter qualquer qualificação.
Pois o governo Bolsonaro pôs às claras a incompetência desses sujeitos, que tem como símbolo Pazuello, o “craque da logística”. O homem que mandou a vacina do Butantan para Brasília para distribui-la em São Paulo.
Imaginem com esse exército o Brasil indo para guerra contra a… Deixe-me pensar… Venezuela! Nossa irmã gêmea em desgraça.
Pazuello é chamado para cuidar da logística. A primeira coisa que o gênio faz é mandar toda a munição para Santa Catarina.
Nossas tropas alocadas em Roraima, sem munição sofrem severas baixas. Em uma entrevista perguntam a Bolsonaro se ele tem palavras de consolo para as famílias dos militares mortos. Gentilmente o presidente responde:
_ Tudo mimimi, eu tenho cara de coveiro?
Nos acampamentos de campanha os soldados estão apreensivos. Não há marmitas ou refeições normais, todos recebem apenas duas latas de leite condensado por dia. Pra piorar, Pazuello adiou as compras dos abridores de lata para depois da guerra, assim como fez com os uniformes e o combustível dos aviões.
Os soldados estão confusos, todo o treinamento que receberam por anos ensinava a pintar meio-fios ou espancar negros em favelas. Nunca haviam aprendido a atirar com o fuzil e enfrentar um inimigo armado.
A campanha é um fracasso, o Brasil é humilhado e se rende entregando Roraima para Maduro. No mesmo dia o Gal. Heleno publica em suas redes sociais que o PT é culpado pela derrota.
Bolsonaro nos mostrou que temos uma mistura de Exército de Brancaleone com Mash. Nossos soldados lembram o recruta Zero e nossos oficiais o Sargento Pincel.
Ainda bem que não temos guerra contra outros países, pois já perdemos a guerra para o vírus, para os preços do mercado, para a volta da fome e para o fogo nas florestas.
Nos anos 60 o Brasi comprou um porta aviões que a Inglaterra estava prestes a jogar no lixo. Fato que inspirou essa canção do Juca Chaves.