Pela Família Tradicional

A polêmica da vez vem dos EUA. A DC Comics, tradicional editora americana, inseriu um personagem bissexual em uma história em quadrinhos do Super-Homem, provocando a revolta de conservadores brasileiros.

Me considero uma pessoa bastante religiosa e um defensor fervoroso da família, ainda assim não entendi porque um personagem bissexual revoltou parte dos brasileiros.

Hoje, estive na sinagoga para a reza da manhã e um amigo me disse que tal revista é um exemplo ruim para a família.

Entendo o ponto de vista dele. Acho natural que os pais procurem evitar que os filhos aprendam valores que não batam com os seus.

Eu mesmo penso que vale a pena proibir a minha filha de ver conteúdos que não mostrem o exemplo da família tradicional.

Comecei pela Bíblia.

A primeira família da Bíblia tem dois filhos. Um deles mata o outro.

Anos depois Abraão, o pai do Judaísmo, engravida a empregada e a expulsa de casa, junto com Ismael seu pequeno bastardo, para que os dois morressem no deserto. Isso que é pai.

O segundo filho teve mais sorte. Abraão planejou assassinar Isaac com um facão no deserto mas foi impedido por um anjo.

Outro exemplo de família Bíblica é a de Israel (Jacob), aquele que enganou o pai para roubar a herança do irmão.

Israel tinha duas esposas. Isso não impediu o patriarca de engravidar duas empregadas. Ao todo, o exemplo de marido teve 12 filhos com 4 mulheres diferentes. Pelo menos foi o que aprendi quando eu tinha 6 anos.

O exemplo de Israel é tão marcante, que seus filhos defendem a família vendendo José, o filho caçula como escravo.

Levou mais tempo para que me ensinassem a história de Ló, sobrinho de Abraão. Ló encheu a cara de vinho e transou com as duas filhas. Está lá no Gênesis, qualquer aluno de catecismo pode ler.

Não sei se vou comprar a história do filho bissexual do Super-Homem. Minha filha prefere Marvel à DC. Mas definitivamente vou proibi-la de ler a Bíblia. É muita baixaria.