Escrever é um ato egoísta, escrevemos sozinhos e escrevemos o que nos agrada, paradoxalmente torcendo pelo aplauso alheio. No íntimo, queremos influenciar pessoas e tocar seus corações com o conteúdo que sai dos nossos próprios corações. Mas pouco sabemos dos leitores de nossos textos. O livro ganha vida própria na mão de cada um que o lê.
Hoje recebi um e-mail com as novidades da editora Pólen (agora Jandaíra) e com a história de um jovem estudante negro contada pela editora Lizandra Magon de Almeida:
Quando participo de eventos e falo sobre representatividade, sempre conto do rapaz negro, estudante de Letras da UERJ, que leu o Cadu e o mundo que não era e, com lágrimas nos olhos, me disse: “Eu nunca tive um livro cujo protagonista era negro e nunca tive autorização para ser escritor”
Não sei até onde a literatura vai me levar, mas um depoimento deste tipo me faz ter certeza de que tudo vale a pena, de que o esforço que venho fazendo desde 2013 tem sentido, de que se ainda não consigo levar minhas histórias a tantas pessoas quanto gostaria, pelo menos consigo trazer alegria e até mesmo coragem a quem lê.
Com o blog acontece o mesmo, nem sempre tenho a quantidade de leitores que almejo, mas cada feedback, cada comentário, cada elogio tem um significado especial. E isso é importante pois tudo que escrevo vem da minha alma. Cada leitor sensibilizado significa um encontro de almas.
Minha alma se encontrou com a deste estudante da UERJ, eu lhe dei coragem e ele, sem saber, me incentivou a seguir em frente. Que outras almas meus livros podem ter tocado? Quantas pessoas desconhecidas posso ter emocionado?
Obs. Nada disso teria acontecido sem o incentivo do ilustrador e coautor Pedro Menezes, que deu a ideia para que o personagem Cadu fosse negro.
Nós mudamos. A sociedade mudou. Falta muita representatividade ainda.
Tb gosto dos comentários. Tenho feito menos posts, devido ao momento atual, mas qdo vejo comentários, a chama reacende.
Ainda bem que comentei um post seu um dia desses. Gosto de deixar as pessoas felizes! 😉
Sim, fiquei. rsrs
🙂